Ao
meu filho Alexandre Nuno
Para muitas mulheres, o desejo de terem filhos é algo com
que sempre sonharam. Para outras, ter filhos não faz parte dos seus objetivos.
E outras há ainda, que são mães e se arrependem da decisão que tomaram. Todas
as opiniões e opções são válidas e respeito-as completamente.
Posso partilhar que, em mim sempre houve um desejo enorme
de ser mãe, uma ambição mesmo.
Meu filho, foste o primeiro a chegar, a minha felicidade
e a do papá quando soubemos que estava grávida, foi tão grande! Mas claro,
tinhas logo de nos pregar um susto, ameaça de aborto às 8 semanas de gravidez,
mas nada que 3 semanas em repouso não resolvesse. As preocupações nunca mais
pararam, nem vão parar, pois amamos os filhos e preocupamo-nos com eles, toda
a nossa vida.
Quando nasceste e te vi pela primeira vez, não sei
explicar a sensação que tive, sim porque quando estava grávida de ti, não
existiam ecografias a 3D, nem sabia se serias um menino ou uma menina.
O amor por ti já tinha nascido, só estava um pouco trôpego,
mas desde que te vi, que o meu amor por ti não parou de crescer até hoje e não
vai para até ao futuro.
O meu amor por ti tem crescido com o teu crescimento.
Algumas pessoas acham estranho quando digo isto, mas é isso mesmo que eu sinto.
Amo-te pela criança que eras, pelo aluno que foste, pelo
filho que és e pelo homem em que te tornaste e que me enche de orgulho.
Mas também fazias birras como todas as crianças fazem,
mas não tinhas culpa. A culpa era minha e do papá que te estávamos a “estragar”,
mas conseguimos parar a tempo.
Lembras-te de uma birra monumental que fizeste num
hipermercado porque querias um brinquedo e eu decidi que naquele dia não
compraria brinquedos?
E as duas vezes que me envergonhaste, uma em casa da avó,
outra na casa da Lina e do Carlos? Disseste que tinhas muita fome e que a mamã
não te tinha dado almoço, quando tínhamos acabado de almoçar? Certamente não te
lembras. Hoje rimos dessas situações.
E as noites em que eu e o papá passámos sem dormir? Ou
porque estavas doente ou porque querias comer de noite? É melhor nem falar.
E quando dormias de mão dada comigo, com o meu braço por entre as grades
da tua cama? O frio que eu passei naquele inverno, para que te sentisses protegido
e tivesses o teu sono descansado.
Se fosse hoje, faria exatamente o mesmo, pois tenho a
certeza que tudo isto contribuiu para o que és hoje. E não contribui sozinha, o
papá também tem uma responsabilidade a meias comigo, porque te geramos,
acompanhamos e educamos.
Apenas lamento não te ter acompanhado mais quando eras
bebé, mas a necessidade de trabalhar de dia e estudar à noite, a isso nos
obrigou (quer eu, quer o papá em simultâneo).
Cresceste, tiraste a tua licenciatura e o teu mestrado, e
hoje segues a tua carreira. És empreendedor, responsável, ponderado, informado,
lutador e muito mais, e tudo isto me enche de orgulho (não me canso de o dizer).
Que continues como até aqui, que tenhas sucesso e saúde,
que eu e o papá vamos continuar por aqui até deixarem, para tudo o que
precisares.
Um beijo do tamanho do Universo.
-Mamã-
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